O Estado do Pará, realizará em Abril próximo, seu 1º Congresso paraense sobre Transtorno do Espectro Autista. O evento é promovido pelo Governo do Estado, através da Coordenação Estadual de Políticas para o Autismo (CEPA), o congresso será gratuito, com certificação e com convidados nacionais residentes no Brasil e de fora do país, onde serão realizadas palestras com temas atuais relacionados ao Transtorno do Espectro do Autismo.
O congresso tem o objetivo de atualizar o conhecimento sobre
o Transtorno do Espectro Autista - TEA, desde seu diagnóstico precoce à
intervenção, além de favorecer o intercâmbio científico em temas
intersetoriais.
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Com informações do Sympla
Um pouco sobre o TEA
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) engloba diferentes
condições marcadas por perturbações do desenvolvimento neurológico com três
características fundamentais, que podem manifestar-se em conjunto ou
isoladamente. São elas: dificuldade de comunicação por deficiência no domínio
da linguagem e no uso da imaginação para lidar com jogos simbólicos,
dificuldade de socialização e padrão de comportamento restritivo e repetitivo.
Também chamado de Desordens do Espectro Autista (DEA ou ASD
em inglês), recebe o nome de espectro (spectrum), porque envolve situações e
apresentações muito diferentes umas das outras, numa gradação que vai da mais
leves à mais grave. Todas, porém, em menor ou maior grau estão relacionadas,
com as dificuldades de comunicação e relacionamento social.
De acordo com o quadro clínico, o TEA pode ser classificado
em:
Autismo clássico: Grau de comprometimento pode variar de
muito. De maneira geral, os indivíduos são voltados para si mesmos, não
estabelecem contato visual com as pessoas nem com o ambiente; conseguem falar,
mas não usam a fala como ferramenta de comunicação. Embora possam entender
enunciados simples, têm dificuldade de compreensão e apreendem apenas o sentido
literal das palavras. Não compreendem metáforas nem o duplo sentido. Nas formas
mais graves, demonstram ausência completa de qualquer contato interpessoal. São
crianças isoladas, que não aprendem a falar, não olham para as outras pessoas
nos olhos, não retribuem sorrisos, repetem movimentos estereotipados, sem muito
significado ou ficam girando ao redor de si mesmas e apresentam deficiência
mental importante;
Autismo de alto desempenho (também chamado de síndrome de Asperger): Os portadores apresentam as mesmas dificuldades dos outros autistas, mas numa medida bem reduzida. São verbais e inteligentes. Tão inteligentes que chegam a ser confundidos com gênios, porque são imbatíveis nas áreas do conhecimento em que se especializam. Quanto menor a dificuldade de interação social, mais eles conseguem levar vida próxima à normal.
Distúrbio global do desenvolvimento sem outra especificação
(DGD-SOE): Os indivíduos são considerados dentro do espectro do autismo
(dificuldade de comunicação e de interação social), mas os sintomas não são
suficientes para incluí-los em nenhuma das categorias específicas do
transtorno, o que torna o diagnóstico muito mais difícil.
Ainda não se conhece a cura definitiva para o transtorno do
espectro do autismo. Da mesma forma não existe um padrão de tratamento que
possa ser aplicado em todos os portadores do distúrbio. Cada paciente exige um
tipo de acompanhamento específico e individualizado que exige a participação
dos pais, dos familiares e de uma equipe profissional multidisciplinar visando
à reabilitação global do paciente. O uso de medicamentos só é indicado quando
surgem complicações e comorbidades.
O diagnóstico de autismo traz sempre sofrimento para a
família inteira. Por isso, as pessoas envolvidas – pais, irmãos, parentes –
precisam conhecer as características do espectro e aprender técnicas que
facilitam a autossuficiência e a comunicação da criança e o relacionamento
entre todos que com ela convivem.
Texto sobre o (TEA) - Dr. Drauzio Varella - Foto/Ilustrativa.
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