O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), rejeitou o
pedido de impeachment contra o vice-presidente, Hamilton Mourão, apresentado
pelo deputado Pastor Marco Feliciano (Podemos-SP). O parlamentar acusou o
general de conduta "conduta indecorosa, desonrosa e indigna".
Maia abriu a sessão com a notícia do arquivamento. Segundo
ele, "inexiste no direito prático lei que tipifique condutas da
espécie" citadas por Feliciano, que acusa o vice de conspirar para
derrubar o presidente. Ao justificar, afirmou que os argumentos utilizados pelo
acusador traduzem "inadimissível emprego da analogia, com propósito
incriminador".
"A nação não pode ficar à mercê dos maus governantes, da vaidade e do despreparo emocional daqueles que alçados a cargos de relevo se deslumbram com o poder", escreveu o pastor no documento.
Ao justificar a negativa do pedido de impeachment, Maia
afirmou que os argumentos utilizados pelo acusador traduzem "inadimissível
emprego da analogia, com propósito incriminador".
A decisão ocorre no momento em que Mourão sofre inúmeros
ataques nas redes sociais de um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, o
vereador carioca Carlos Bolsonaro (PSC), e de alas alinhadas ao escritor Olavo
de Carvalho, assim como do próprio.
Ontem, Carlos sugeriu, em sua conta no Twitter, que Mourão é
desleal ao seu pai. Ele reproduziu trecho de um convite para uma palestra com
Mourão na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. No texto, o vice é
apontado como "voz da razão e moderação" de um governo mergulhado em
crise. "Se não visse, não acreditaria que aceitou com tais termos. Este
jogo está muito claro", escreveu o vereador no Twitter.
Fonte: CongressoEmFoco
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