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Mulheres se destacam por atuação na área criminal no Pará




Há nove anos, Mayra dos Santos integra os 21% de mulheres que compõem o quadro funcional da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe). Atualmente, a agente prisional atua na comunicação da Escola de Administração, no setor de Recursos Humanos, dá apoio na revista e controle de visitantes, e é chefe da Reinserção Social do Centro de Recuperação Penitenciário III (CRPP III), no Complexo de Americano, localizado no município de Santa Izabel. E é essa última função que rende os melhores frutos desse trabalho, segundo ela mesma. “A reinserção social, para mim é uma bandeira”, afirma.
Desde 2011 nesta unidade prisional, Mayra, hoje com 42 anos, realiza atividades diferenciadas no que se refere não somente aos presos, mas às famílias dos custodiados. Além de trabalho, ela também os incentiva a estudar e pensa em programações que possam contribuir com a melhora na relação destes com seus familiares.
“Muitas crianças não sabem nem que os pais estão presos, então tentamos acolher de forma mais humana mesmo. Por isso, tentamos pensar em atividades para esse momento, quando ele está com a esposa e os filhos. Aqui é uma cadeia pesada, que recebe o que as outras não estão conseguindo custodiar. Nós pegamos preso que sai só para banho de sol, então esse cuidado muda tudo”, avalia.
Ao falar de ressocialização no cárcere, Mayra diz que não é possível deixar de lado a humanidade. Mãe de dois filhos, a agente conta também que o dia a dia no trabalho mudou completamente sua visão sobre o ofício e foi o que despertou o interesse em trabalhar com alternativas para este custodiado.
“Eu acho que quem está aqui já está cumprindo a pena. Não compete mais a mim. E eu me identifiquei quando vi que a dor do outro acabava sendo a minha. Quando via as crianças no cárcere, aquilo me incomodava, porque eu sou mãe”, explica. “A gente tenta se aproximar e vê que tem uma barreira, porque o agente prisional é visto como alguém que tira liberdade. Mas o fato de eu olhar para aquela criança mexia comigo e ficava pensando o que eu poderia fazer melhor”, completa.
Com Informações da AGENCIAPARÁ

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