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Mulheres ocupam espaço cada vez maior na PM do Pará

Camila Costa, é soldado lotada no Grupamento Fluvial da PM
Há 33 anos a Polícia Militar do Pará abriu os quadros para ingresso de mulheres na corporação. A primeira turma do pelotão feminino fez curso em 1982. Hoje as turmas são mistas, e a instituição – fundada em 1818 – conta com cerca de 200 mulheres, que representam 15% do efetivo total. Vistas como uma presença essencial, elas garantem que é uma honra servir.

A experiência é de quem viveu 19 anos de farda, como a subtenente Amélia Garcia, militar reformada que entrou na primeira turma de mulheres da Polícia Militar. “Quando o edital abriu, foi uma novidade. Na época a PM era auxiliar do Exército, e eu queria trabalhar. Eu me inscrevi escondida, movida pelo desafio de fazer o que nunca fiz e vencer isso”, conta.

A entrada da mulher na corporação foi providencial para a melhoria dos serviços, elas garantem. “Viemos para amenizar um pouco aquela imagem de truculência que era atribuída ao policiamento masculino. Hoje há mulheres em todos os quartéis, todas as ações”, comenta a cabo Eliete Gemaque, que também trabalhou 20 anos na PM.

A criação do Pelotão Feminino marcou a data de 1º de fevereiro, instituído como o Dia da Policial Feminino do Pará. “Nosso sonho hoje é que mais mulheres entrem na PM, que possam formar um batalhão feminino, e, claro, sonhamos em um dia termos uma comandante geral mulher”, vislumbra a capitão da reserva Ailsi Guimarães, que também ficou 20 anos na polícia.

Missão – Para quem ainda serve, os sonhos não são diferentes. “Era meu sonho desde criança. Eu não precisava. Lembro que, quando me inscrevi, meu pai passou um mês sem falar comigo e ele não foi a minha formatura. Dizia que não era trabalho para mulher. Acredito que o PM é um educador. Somos formados para ser educadoras e para nós, mulheres, é ainda mais fácil, porque já somos educadoras dentro de casa”, aponta a sargento Christian Souza, há 22 anos na Polícia Militar.

Camila Costa é soldado lotada no Grupamento Fluvial. “Sou do setor administrativo, mas isso não quer dizer que estou fora do quadro operacional. Acho até que esse é nosso maior desafio, vencer nossas limitações físicas. Fazermos tudo que um homem faz aqui”, garante.

Major Marielza Andrade é comandante do Regimento de Polícia Montada
Prova disse é Darilene Monteiro, que atualmente cursa o treinamento do mesmo grupamento. “Tenho cinco anos de PM. Já trabalhei na segurança da família do governador, e já fui da Rotam, onde fiquei um ano e quatro meses. Foi de lá que me destacaram para a segurança da desembargadora do Tribunal de Justiça. Acabou meu período lá e eu, sentindo falta da vida operacional, me inscrevi nesse curso”, relata a oficial.

Mesmo com o currículo com boa experiência, Darilene acredita que é preciso se qualificar. “A nossa polícia tem muitos comandos de missões especiais. Basta a gente buscar. Gosto de conhecer frentes novas. Infelizmente ainda enfrentamos alguns preconceitos, mas temos mostrado que temos condição de estar aqui. Quando fui da Rotam, prendi muitas mulheres, e se temos tantas mulheres inseridas no mundo do crime, precisamos ter muitas mulheres trabalhando na segurança”, pondera.

Assim como os homens, as mulheres também vem fazendo carreira e já chegaram aos postos de comando. Major Marielza Andrade é comandante do Regimento de Polícia Montada e não nega que chegar a essa patente faz dela uma pessoa mais feliz. “Estou há 20 anos na PM e há seis meses no comando. Sou a primeira comandante mulher de uma tropa de missões especiais do Pará”, orgulha-se.

Um sonho que nutre desde muito jovem. “Desde quando eu era aluna oficial, quando a gente tem que dar três opções de batalhões para servir, minhas três opções eram a cavalaria. Os homens do comando aprenderam a me respeitar. Ainda temos que lidar com algumas posturas pré-conceituosas, mas devo dizer que somos mais ativas e mais resilientes. Temos que trabalhar mais, nos desdobrar para provar isso”, afirma.

Força feminina é fundamental

E quem trabalha com elas, garante que elas são essenciais nas tropas. “É necessário que tenhamos mulheres. As revistas, as buscas pessoais em mulheres têm que ser feitas por mulheres. Elas estão em condições iguais. Hoje tenho apenas cinco habilitadas no meu grupamento, mais três em treinamento, que vamos puxar para cá para aumentarmos nosso efetivo”, relata o major Kleverton Firmino, comandante do Grupamento Fluvial.

Subtenente Amélia Garcia, a cabo Eliete Gemaque, e a capitão da reserva Ailsi Guimarães são exemplos de mulheres que se realizaram na carreira militar
Para o coronel Roberto Campos, comandante Geral da Polícia Militar no Pará, não há diferença entre homens e mulheres na corporação. “A mulher ocupa o seu espaço dentro da instituição; ela gerencia, comanda e atende o público, tão bem quanto o homem, principalmente nesse contato, quando há uma conversa, um diálogo, uma orientação, e a mulher, pela sua natureza humana, tem esse dom”, pondera.

Ele também acredita que em um futuro não muito distante será possível ver mulheres em cargos de comando na corporação. “Hoje vemos mulheres dirigindo viaturas, fazendo abordagens na rua, participando de tropas especiais, como a Rotam e o Choque. Elas estão na área de gestão e administrativa, são comandantes de unidade. Espero, antes de sair para a reserva, ver uma mulher liderando um comando intermediário. Esse será um passo importante tanto para elas como para a própria Polícia Militar do Pará”, conclui Roberto Campos.

Gabriela Azevedo
Secretaria de Estado de Comunicação


Fonte: Agência Pará.




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