![]() |
Diretora da Santa Casa, Eunice Begot. |
Apresentações musicais e teatrais e danças criadas e desenvolvidas pelos próprios usuários do espaço puderam ser vistas na programação. “O objetivo é a inclusão social dessas meninas, que têm uma história dentro do seu município de origem. Durante a Feira Cultural, trouxemos essas histórias, e com essas experiências construímos vários produtos, como cinema, teatro, danças, jornais e cartilhas”, explicou a assistente social e coordenadora do Espaço Acolher, Luzia Matos.
![]() |
Luzia Matos, assistente social e coordenadora do Espaço Acolher. |
Este foi um ano especial para o espaço, segundo ela, devido à implantação da classe hospitalar, que atende estudantes da rede pública internados em hospitais ou em tratamento domiciliar. No caso do Espaço Acolher, são atendidas vítimas de escalpelamento, que moram no local.
“Essas crianças sofrem muito com o acidente, que deixa a autoestima delas muito prejudicada. O objetivo é fazer com que não percam o ano letivo devido o tratamento, mas podemos perceber que as atividades abrem outras possibilidades para enfrentar o problema”, ressaltou Luzia Matos. Ao todo, 20 crianças foram beneficiadas pelo programa este ano.
O projeto desenvolvido pela Seduc no Espaço Acolher tem a parceira das universidades do Estado (Uepa) e Federal do Pará (UFPA) e da Amazônia. Segundo a coordenadora do Pré-Amar Teatral, projeto de extensão da Escola de Teatro e Dança da UFPA, as atividades têm chamado a atenção e estimulado a criatividade das crianças.
“O projeto tem como proposta dar acesso a pessoas que não conhecem a linguagem teatral e atende principalmente escolas públicas nas regiões das ilhas. Como muitas dessas crianças são ribeirinhas, resolvemos estender essas atividades para o Espaço Acolher, como forma de estimular a arte, a educação e a cidadania, para que elas possam recuperar a autoestima por meio do teatro” explicou a coordenadora.
Este ano, a Fundação Santa Casa registrou onze casos de escalpelamento no Pará. Somente nos dois primeiros messes de 2012, foram cinco vítimas, todas crianças do sexo feminino. Isso ocasionou também o aumento de vítimas acolhidas pelo espaço. Segundo Luzia Matos, muitas pessoas estão procurando o Espaço Acolher, inclusive aquelas que sofreram o acidente anos atrás.
![]() |
Encenação Teatral do projeto Preamar Teatral, desenvolvido pela escola de teatro e dança da UFPA. |
“Isso comprova que estamos fazendo um trabalho importante, e fazemos isso devido ao apoio dos nossos parceiros, aos quais agradecemos muito. Recebemos muitas doações este ano com brinquedos, materiais de limpeza e material escolar, entre outros”, completou. Quem quiser ajudar o espaço doando roupas, materiais escolares e utensílios domésticos ou eletrônicos, pode procurar a sede do Acolher, que fica na avenida Alcindo Cacela, 555, esquina com a travessa Diogo Moia.
Fonte: Agência Pará de Notícias
Fotos: CARLOS SODRÉ / AG. PARÁ
Comentários