Essa é avaliação de um informe da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP na sigla em espanhol), apresentado ontem em reunião em San Diego (EUA).
"Ao contrário do ex-presidente Lula, que com frequência fazia comentários que revelavam sua irritação com a atuação de meios de comunicação independentes, a atual governante não é dada a pronunciamentos polêmicos", diz o informe sobre o Brasil.
"E, desde seu primeiro discurso como presidente eleita, fez questão de afirmar seu compromisso com o respeito à liberdade de imprensa."
O texto foi lido pelo vice-presidente da SIP no Brasil, Paulo de Tarso Nogueira, também representante do Comitê de Liberdade de Expressão da Associação Nacional dos Jornais e consultor de "O Estado de S. Paulo".
Ele pediu cautela, já que Dilma tomou posse em janeiro. Também lembrou a censura que sua publicação enfrenta desde 2009, imposta pela Justiça, sobre gravações de supostas irregularidades praticadas pelo empresário Fernando Sarney.
O relatório também elogia a saída de Franklin Martins da Secretaria de Comunicação Social, dizendo que ele "politizava a comunicação oficial". "Com isto perderam forças, embora sem desaparecer com completo, as propostas de regulamentação da mídia que tinham em Martins seu principal defensor."
A Folha não localizou Franklin até a conclusão desta edição para comentar o relatório da SIP.
Dilma também foi citada no informe da Argentina, ao final da fala do relator Francisco Montes, que lembrou uma frase da presidente: "Prefiro um milhão de vezes o som de vozes críticas ao silêncio das ditaduras".
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