A saída dos secretários especiais Salim Mattar e Paulo Uebel, há 6 dias, intensificou um antigo debate dentro do governo e na opinião pública: o ministro da Economia, Paulo Guedes, também estaria de saída? O próprio Guedes vem deixando transparecer sua insatisfação com o que tem chamado de "os fura-teto" do governo. São pessoas próximas ao presidente Jair Bolsonaro que têm defendido cada vez mais abertamente que o governo fure o teto de gastos não só durante a pandemia do coronavírus, mas também em 2021. A lógica é lançar um grande pacote de infraestrutura e ainda manter algo do auxílio emergencial de 600 reais lançado durante a pandemia. Guedes é abertamente contra as medidas, e tem aliados de peso neste debate, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O ministro chegou a dizer que, caso Bolsonaro insistisse em ampliar os gastos, corria risco de impeachment, assim como a ex-presidente, Dilma Rousseff. Mas numa live transmitida na quinta-feira Bolsonaro admitiu