Barcarena: Acusados de estuprar,matar e ocultar o cadáver da adolescente Daiane Macedo sentarão no banco dos réus dia 18/09
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Foto: Sidney Oliveira |
Já esta tudo preparado a sessão do tribunal do júri do próximo dia 18 de setembro de 2015, onde serão levados a júri popular os amigos Rosimar Martins Rocha e Raimundo Alves da Costa, ambos acusados pelo estupro, morte e ocultação do cadáver da adolescente Daiane do Carmo Macedo de 14 anos.
Rosimar Martins (Padrasto da vitima) e Raimundo Alves (Amigo da família)
O fato que abalou a sociedade barcarenense
ocorreu em 23 de Junho de 2012.
A defensoria publica que
defenderá os acusados tentou sem sucesso
desaforar, ou seja, levar o julgamento dos acusados para a comarca de Belém,
alegando no pedido, que devido a grande repercussão na cidade do crime, os
jurados poderiam ter em mente uma ‘pré-condenação’, e por temer também com a integridade
física dos réus. Alegações essas que
foram derrubadas no Tribunal de Justiça do Estado. E após o transito em julgado
da decisão que indeferiu o desaforamento, o Juiz de Direito, respondendo pela
vara criminal de Barcarena Drº Enguellyes Torres, determinou que a sessão do tribunal do
júri seja em 18/09/15. Já solicitou todos os atos necessários para a
realização do julgamento marcado para começar as 08h da manhã da sexta-feira do
dia 18, conforme documento em anexo.
Relembre o Caso na Imprensa:
Dor e revolta. Era este o
sentimento de moradores da comunidade de “Araticu” no município de Barcarena na
região do Baixo Tocantins após tomarem conhecimento do assassinato, com
requintes de crueldade, que vitimou a adolescente, de 14 anos, desaparecida há
cinco dias, após ter deixado uma irmã de 12 anos na escola na comunidade
“Araticu”, em Barcarena. Segundo os peritos que examinaram o corpo, trata-se de
um crime bárbaro.
Os dois acusados de ter
assassinado a adolescente Daiane do Carmo Macedo foram apresentados ontem à
Divisão de Homicídios. Raimundo Alves da Costa, 36 anos, e Rosivan Martins da
Rocha, 47 anos, foram trazidos a Belém, após serem apontados como autores do
crime. Rosivan e Raimundo trabalhavam juntos em uma carvoaria em Barcarena.
Rosivan era padrasto da vítima e Raimundo apenas amigo da família.
Conforme as informações
repassadas pela Polícia Civil, Daiane estava desaparecida desde o dia 18 de
junho, quando o inquérito de desaparecimento foi registrado na Delegacia de
Barcarena. “A mãe da jovem registrou o sumiço da menina. E quase uma semana
depois foi encontrar o corpo dela”, contou o escrivão Flávio Trindade.
As versões contadas pelos
acusados são bem parecidas, o que muda é apenas o personagem principal do
crime. “Eu só vi quando ele me chamou dentro da casa e me mostrou que tinha
matado a menina. Depois me ameaçou com o terçado e disse para eu ajudar a
amarrar na árvore. Só amarrei o pé e fui embora. Meu erro foi não ter chamado a
polícia e nem ter contado para a mãe dela”, disse Rosivan.
Já Raimundo também diz se
arrepender de não ter chamado a polícia. “Eu vi de longe ele amarrando ela na
árvore. Não entendi porque ele fez isso. Mas eu não chamei a polícia por medo.
Se tivesse avisado, eu não estaria aqui”, falou.
Há algumas semanas, Rosivan foi
preso em Barcarena por ter tentado abusar da enteada e Raimundo foi acusado de
já ter tentado um envolvimento afetivo com a menina, mas nunca bem sucedido. A
mãe da menina, estava na Divisão de Homicídios, mas não quis conversar com o
DIÁRIO.
O caso continuará sendo
investigado pela Divisão de Homicídios, comandada pelo delegado Vicente
Ferreira Gomes, que foi até Barcarena na tarde de ontem visitar o local do
crime para coletar materiais para perícia. O laudo do crime deve ser finalizado
num prazo de 10 a 15 dias.
A vítima já havia acusado do
padrasto de assédio
O caso começou a ganhar
repercussão no meio da semana, quando o pai da adolescente, procurou o repórter
Carlos Baia, da rádio FM Metropolitana de Barcarena, pedindo apoio para
localizar a filha que não tinha motivos para desaparecer bruscamente. “Fizemos
várias incursões nas matas da comunidade com ajuda de pessoas que conhecem a
região e do próprio pai da menina”, disse o repórter Carlos Baia.
O caso foi levado para a
Delegacia de Polícia Civil de Barcarena e, de posse de informações, o delegado
Maurício de Menezes Pires instaurou inquérito policial ouvindo o padrasto da
menina, Rosivan, que inicialmente negou as acusações de ter assediado a jovem,
na tentativa de manter relações sexuais. O delegado ouviu várias pessoas da
comunidade e, como não havia indícios contra o padastro, o ouviu e liberou,
aguardando o resultado das investigações e o possível aparecimento da garota.
Um dia após o
desaparecimento, moradores encontraram,
parte da roupa que a adolescente vestia no dia do desaparecimento, a bicicleta
que ela usou para levar a irmã à escola e, mais na frente, um terçado
pertencente ao padrasto, em um caminho um pouco distante do local de onde foi
finalmente encontrado o corpo, na manhã de sábado (23).
O depoimento mais comprometedor,
ainda na instauração do inquérito, veio da avó da menina. Ela disse ao delegado
Maurício que tempos atrás chegaram a sua casa no ramal do Igarapé-Açu as netas,
cada qual com uma sacola com roupas, dizendo que iriam morar com a avó.
Indagadas sobre o motivo, as
meninas disseram que saíram da casa da mãe porque não aguentavam mais as
tentativas de abuso do padrasto, Rosimar. A avó, em depoimento exclusivo a que
o DIÁRIO teve acesso, disse que o padrasto vivia insistindo com a menina para
que ela lhe servisse sexualmente e, como a jovem não aceitava, ele a
apalpava.
Texto do caso: Diário do Pará em 26/06/2012
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