No município cerca de mil pescadores estão à espera do
benefício. Enquanto isso outras pessoas recebem o pagamento de forma ilegal.
A Delegacia Regional do Trabalho no município está fechada
por tempo indeterminado. O local é um dos alvos da investigação da Polícia
Federal sobre um esquema de fraude no seguro-defeso dos pescadores, benefício
pago durante o período de reprodução dos peixes e quando a pesca é proibida.
Um funcionário foi preso nesta quinta-feira (25). Ele é suspeito de fazer parte do esquema de fraude no beneficio.
A pescadora Maria Figueiredo aguarda há dois anos o registro de pescadora. “Eles falam que ainda não conseguiu, que ainda não chegou a minha carteira. Toda vez que a gente vai lá eles dizem que tem problema”, disse.
A colônia de pescadores de Barcarena é antiga, funciona desde 1920. Atualmente tem cerca de 1800 associados, mas pelo menos metade dos pescadores teria problemas para receber o seguro defeso.
De acordo com o presidente da colônia, muitos ficam prejudicados por causa da demora em conseguir o registro profissional, emitido pelo Ministério de Pesca e Aquicultura.
“Mais de mil pescadores se registraram na colônia, em 2009 e 2010, e até hoje o ministério e a superintendência estadual não nos dão uma resposta a respeito desses registros”, disse Raimundo rodrigues, presidente da Colônia de Pescadores Barcarena.
No município, a notícia da fraude não gerou surpresa entre
os ribeirinhos.
“Tem pessoas por aí que não precisam e recebem e a gente que precisa nunca recebe. A gente fica triste com isso, é uma grande injustiça”, disse Iranilda Magno, pescadora.
Sobre o atraso na emissão de carteiras, o Ministério da Pesca informou que já trabalha em todo o Brasil para agilizar o serviço de registros profissionais dos pescadores.
Texto: G1/PA.
Fotos: Imagens/TV LIBERAL
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